segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Lembrando o CONVITE para o


           C L U B E   D E    L E I T U R A

sobre o livro: O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO, do escritor J. D. SALINGER.

Dois dias antes das férias de Natal, um jovem de 16 anos, foge de um colégio interno e vaga por estradas de ferro até chegar a Nova York. O protagonista e anti-herói do romance, Holden Caulfield, se tornou um ícone da rebelião adolescente do pós-guerra à procura de uma identidade.

O livro foi incluído na lista dos 100 melhores romances da língua inglesa, escritos desde 1923, da Times em 2005, e foi nomeado pela Modern Library e seus leitores como um dos 100 melhores livros da língua inglesa do século 20.

J. D. Salinger morreu em 2010, com 91 anos de idade. Após o sucesso desta obra, o autor passou a viver recluso nas montanhas do Estado de New Hampshire (USA). No início dos anos 60 parou de publicar.

O Encontro acontecerá na última quarta-feira de Agosto, dia 30/08, às 16 horas e 30 minutos na Biblioteca Pública Municipal de Vacaria (ao lado da Catedral).

Venha Participar!

domingo, 27 de agosto de 2017

Jodi Picoult - Coração de Mãe

Coração de Mãe (Jodi Picoult)

FICHA TÉCNICA:
Nome Original: Harvesting the Heart
Autora: Jodi Picoult
Tradução: Cecília Camargo Bartalotti
País de Origem: Estados Unidos
Páginas: 476
Ano de lançamento: 2015
ISBN-13: 9788576863373
Editora: Verus Editora
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Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 86º livro lido em 2016 e foi Coração de Mãe (Jodi Picoult). A autora do livro é uma das minhas favoritas da vida e, como já conheço bem a característica narrativa dela, comecei a leitura em um misto de empolgação e medo, porque pressentia que meu coração seria destruído.

O livro nos traz a Paige, uma mulher que aos 5 anos, foi abandonada pela mãe e cresceu ao lado do pai, que se esforçou muito para que nada lhe faltasse. Porém Paige sempre imaginou como seria ter crescido com a orientação materna e de certa forma, ela se sentia um pouco culpada com a fuga da mãe. Paige desde cedo, demostrou ter um talento para com desenhos e arte e, quando ela concluiu o ensino médio, era certo que iria para uma faculdade de artes. Porém, ela acabou fugindo e recomeçando a sua vida do zero, em outra cidade, onde conheceu Nicholas, com quem se casou meses depois e infelizmente, começou a repetir os erros da própria mãe.


O livro se desenvolve em conhecermos detalhadamente cada personagem da história. Temos uma visão muito abrangente da protagonista, conseguimos entrar na sua mente, sentir as suas dores e se desesperar com suas decepções. De igual modo, os outros personagens são muito bem desenvolvidos também, ao ponto de defender ou acusar cada um deles.

Existe um buraco na vida de Paige e ela quer fugir deste vazio, porque a vida começa a ter responsabilidades sérias, mas, ao mesmo tempo, ela não consegue viver com as questões não respondidas da sua infância e em um primeiro momento, isso me irritou bastante na personagem, porque de um modo geral, ela deveria se preocupar apenas com o presente e não com o passado.

Mais uma vez, a autora conseguiu me desestruturar com uma história simples, porém tão bem escrita e escrita de forma tão intensa, que foi impossível não me envolver com a trama. A maneira que a autora usou para descrever o talento de Paige, me deixou impressionada em várias passagens, porque ainda que o livro não tenha ilustrações, eu conseguia imaginar cada uma das gravuras que a personagem construía e essas imagens, ficaram em minha mente por muito tempo.


As últimas páginas do livro são tensas, tristes, sufocantes e quando o livro se encerrou, eu o abracei muito forte, porque em muitos aspectos, me identifiquei com a Paige e nem sempre, foi em função das suas qualidades. Nicholas foi um personagem que me conquistou e me fez sentir ódio e depois, me seduziu novamente. A mãe de Paige, em muitos aspectos, se tornou uma personagem dispensável e irritante e o pai de Paige, poderia ter aparecido mais, mas, ainda assim, estava muito presente, mesmo em cenas em que ele nem era mencionado.

Eu gostei demais do livro. Não se trata do melhor livro da autora, mas, ainda assim, é um dos melhores que eu li este ano, porque mesmo com uma história simples, a autora conseguiu me escravizar durante a leitura. Nos momentos em que eu não estava lendo, eu estava com os personagens gritando na minha mente e quando eu os reencontrava, ficava aliviada em tê-los perto de mim outra vez.

Recomendo a leitura para quem gosta de drama. O livro traz uma reflexão muito forte e pertinente sobre o papel de mãe e sobre todo o peso que esta posição traz consigo. O livro fala de família, perdão, erros e de forma tênue, quase imperceptível, também fala de fé, positiva e negativamente. É uma leitura reflexiva, que incomoda e por vezes, também machuca. Mas uma leitura adulta, séria, e muito interessante e inteligente.

Fonte: Blog Meu Amor pelos Livros

sábado, 26 de agosto de 2017

O amante japonês - Isabel Allende


Em 1939, ano da ocupação da Polônia pelos nazistas, Alma Mendel, de oito anos, é enviada pelos pais para viver em segurança com os tios em São Francisco. Lá, ela conhece Ichimei Fukuda, filho do jardineiro japonês da família. Despercebido por todos ao redor, um caso de amor começa a florescer. Depois do ataque a Pearl Harbor, no entanto, os dois são cruelmente separados. Décadas depois, presentes e cartas misteriosos são descobertos trazendo à tona uma paixão secreta que perdurou por quase setenta anos. Varrendo através do tempo e abrangendo diferentes gerações e continentes, O amante japonês explora questões de identidade, abandono, redenção, e o impacto incognoscível do destino em nossas vidas.

www.saraiva.com.br

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Romance "A Apelação de Sócrates", obra do professor Décio Osmar Bombassaro transita pela literatura, a filosofia e a história

Gosto pela leitura vem desde os cinco anos, e biblioteca do autor acumula obras que servem de bagagem a seus escritosFoto: Roni Rigon / Agencia RBS
Certo domingo, muitos anos atrás, um menino de cinco anos parou atrás do pai, que lia o jornal, e começou a soletrar o título da matéria estampada na página. Embora ainda não fosse à escola, o pequeno Décio Osmar Bombassaro havia aprendido a ler ouvindo, enquanto brincava, as aulas de reforço que a prima Lea Tomasi Possi ministrava em sua casa, em Caxias do Sul. 

Daquele domingo até agora, passaram-se mais de sete décadas, mas a paixão de Bombassaro pelas letras só cresceu. Com formação nas áreas de Letras, Filosofia e História, sua biblioteca mescla obras sobre a civilização grega e vários volumes de filosofia à ficção de Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, Cervantes, Shakespeare, Dante Alighieri, Júlio Verne, Guy de Maupassant e Proust, entre inúmeros outros autores.

— Sempre li muito, isso abre a imaginação — conta Bombassaro, 78 anos, que autografa neste sábado o seu primeiro romance, A Apelação de Sócrates — Réplica e Tréplica do Absurdo (AMZ, 160págs., R$ 35).

Assim como os livros nas estantes do apartamento e sua própria formação acadêmica, também o romance (ou novela, como ele prefere) mescla filosofia, história e literatura, áreas com as quais "o espírito se agiganta", na concepção do autor. A trama perpassa dois tempos, começando nos anos 1920, num sanatório na Áustria, em que um escritor moribundo e desconhecido (mas que viria a se tornar referência nas letras mundiais) recebe a visita, nos seus últimos momentos de vida, da "sombra" de um poeta alemão do Século 18, que o leva para a Grécia antiga para testemunhar nada menos do que um novo julgamento de Sócrates, que recorreu aos deuses mais de 2 mil anos depois de ter sido condenado por seus ensinamentos.

No decorrer do julgamento, o leitor vai tendo contato com uma mescla de mitologia e razão, enquanto, na Ágora, se digladiam grandes nomes do pensamento universal, alguns defendendo, outros acusando o grande filósofo. Deuses e heróis gregos, como Apolo, Dioniso, Hefesto e Perseu, conduzem o julgamento, que conta ainda com personagens mascarados que trazem à plateia (e ao leitor) um pouco dos ensinamentos e das ideias de Platão, Hegel, Maquiavel, Cícero, Kierkegaard e Nietzsche, entre outros.

Além dessa riqueza cultural escondida sob uma história de ficção, a linguagem é uma atração à parte, com diversas palavras e expressões em outras línguas — a maioria em alemão, mas algumas em francês, italiano, latim e, claro, grego. Não há, entretanto, motivo para se assustar: a compreensão é fácil pelo contexto, e, no fim do livro, há ainda um glossário desses termos.

Uma leitura instigante, e que traduz um pouco a bagagem cultural do escritor, que foi por 32 anos professor universitário.


No romance, filósofo ganha um novo julgamento, dessa vez pelos deuses, mais de 2 mil anos após ser condenadoFoto: Roni Rigon / Agencia RBS
Outros escritos

Apesar de A Apelação de Sócrates ser seu primeiro romance, Bombassaro não é um neófito na literatura. Além de leitor e professor, ele já é autor de dois livros teóricos, Da Habilidade Humana em Perscrutar o Ente e O Pórtico de Nietzsche, de diversos artigos e também de numerosos contos premiados em concursos e publicados em antologias.O próprio livro que ele autografa neste sábado é fruto de um trabalho que vem de 30 anos atrás. 

— Em 1987, quando eu fazia o mestrado na UFRGS, participei de um curso sobre Sócrates, e precisava fazer um trabalho sobre ele. Resolvi escrever uma peça de teatro. No final do ano passado, decidi transformar aquele texto numa novela _ conta.

Foram dois meses e meio de trabalho na sua velha máquina de escrever Triumph (que ele não troca por nenhum computador) até chegar ao texto final. Antes mesmo dos autógrafos, ele segue escrevendo seus artigos, e não descarta novos voos na ficção. 

Afinal, histórias para contar ele tem de sobra.
Fonte: Artigo de Maristela Scheuer Deves - maristela.deves@pioneiro.com
http://pioneiro.clicrbs.com.br/