sábado, 2 de setembro de 2017

O JARDIM DAS AFLIÇÕES



Resumo do livro:

1. Unidade do livroO livro é uma investigação filosófica, portando, algo que se inicia com o “espanto”, com a conscientização de um problema. O primeiro problema que espanta o autor é a falsificação da história da Ética, feita pelos professores da USP, em um evento do Masp. A busca em entender este evento lança o autor em uma investigação por uma multiplicidade de planos que irão, ao final do livro, mostrar como se deu a formação cultural e política de Ocidente, desde seus fundamentos até seus desdobramentos contemporâneos; por fim, situando o problema inicial neste quadro maior de referência.

2. Tipo do livro
O livro é uma investigação filosófica. Isso significa, primeiramente, que não é uma exposição, mas, a rigor, a demonstração dos passos de uma investigação. Algo parecido já foi feito pelo autor na segunda parte de Descartes e a Psicologia da Dúvida, onde, ao invés de expor metodicamente a solução para um problema, o autor descreve os passos em direção à solução. Este procedimento tem a vantagem de colocar o leitor dentro do processo de investigação; mas trás o risco de ser mal-interpretado por um leitor que, não percebendo as implicações desta diferença, leia o livro como se fosse uma exposição metódica. A principal diferença desta mudança de enfoque consiste no fato que um livro investigativo estar lidando com probabilidades e não com certezas; ou seja, partindo dos vários caminhos possíveis para resolver um problema, o autor procurar hierarquizá-los e escolher o mais provável para continuar seguindo as pistas da solução. Ao contrário de uma exposição metódica, o autor não mostra nexos que sejam necessários, justamente, porque na investigação estes nexos ainda estão sendo buscados. Por isto é comum que em certas passagens o autor assinale a importância de determinado assunto seja mais estudado, anunciando, a título provisório, as soluções que lhe parecessem ser as mais prováveis, admitindo, contudo, que o assunto está longe de ser terminado.

Além disto, é uma investigação filosófica. Ou seja, procurar apreender a unidade explicativa por trás dos fatos mais diversos; inclusive aqueles que são objeto de investigação de várias ciências particulares. Por isso, o autor irá percorrer os mais variados campos para entender o problema que tem em mão: passando pela história, psicologia, religiões comparadas, entre outras; todas as ciências servindo como instrumentos para ajudar na compreensão dos problemas que serão levantados.


Sobre o autor: Olavo de Carvalho nasceu em Campinas no dia 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros.
Filósofo e professor, Olavo de Carvalho é o mais importante pensador brasileiro da atualidade. Olavo conquista o leitor por suas idéias vigorosas, expressas numa eloquência franca e contundente que alia o rigor lógico e a erudição ao mais temível senso de humor. Nas palavras do poeta Bruno Tolentino, “a capacidade de desenterrar do pensamento antigo, novas idéias aptas a lançar luz sobre o presente é a marca do verdadeiro erudito; a capacidade de encarar os problemas do presente com aquela coragem radical apta a trazer à luz os fundamentos últimos do conhecimento é a marca de algo mais que o mero filósofo-padrão de hoje em dia."
Olavo de Carvalho é um iconoclasta de incontornável honestidade intelectual que tomou para si a tarefa ingrata de pôr a nu os falsos prestígios acadêmicos e expor as falácias do discurso político e intelectual vigente.
A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia ‘científica’. Para Olavo de Carvalho existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A Garota da Banda - Kim Gordon

Lançamento do selo Fábrica231, a badalada autobiografia 'A garota da banda', de Kim Gordon, chega ao Brasil em setembro, depois de conquistar público e crítica nos Estados Unidos e na Europa. Fundadora da banda Sonic Youth, ao lado do ex-marido Thurston Moore, Kim Gordon foi baixista e vocalista da banda por mais de três décadas, além de produtora musical, artista visual, ícone fashion e atriz que continua a influenciar gerações de mulheres. No livro, ela narra sua trajetória com o mesmo estilo visceral e livre de amarras com que se apresenta nos palcos. E começa de trás para frente, partindo de dois términos entrelaçados: o divórcio do casal e o fim do Sonic Youth, ambos um baque para os fãs. A partir daí, a autora fala de casamento, maternidade, feminismo, de seu background familiar, da paixão pelas artes visuais e, claro, de música, com uma narrativa não linear, mas sempre fascinante.

Fonte: Livraria Saraiva

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Novo romance do cultuado autor de Eles eram muitos cavalos.
Apresentação
O escritor Luiz Ruffato recebe em sua casa a correspondência de um desconhecido. Trata-se de um manuscrito, uma compilação de memórias que Dório Finetto, funcionário graduado do Banco Mundial, redigiu a partir de suas muitas viagens de trabalho. Como consultor de projetos na área de infraestrutura, Finetto percorreu meio mundo numa sucessão de simpósios, reuniões e congressos. A mente de engenheiro, no entanto, esconde um observador arguto e sensível, uma dessas pessoas capazes de se misturar com naturalidade num grupo de desconhecidos.
De Beirute a Havana, passando por Hamburgo, Timor Leste, Buenos Aires e incontáveis lugares mundo afora, Finetto colecionou grandes histórias e pequenos acontecimentos. Foi tão capaz de se misturar à vida local quanto de saber a hora exata em que o prudente é tomar distância e não se envolver. Por alguns momentos, fez parte da vida dessas pessoas. Em outros, foi protagonista involuntário do drama alheio. Às vezes, assistiu a essas realidades quase como de um periscópio.
Foi a partir dessas observações que Finetto compôs seu Viagens à terra alheia, o manuscrito que mandou ao conterrâneo Luiz Ruffato. E é este livro dentro do livro que Ruffato irá transformar no romance Flores artificiais. Partindo de um esqueleto ficcional, Ruffato - o autor, e não o personagem do próprio livro - irá embaralhar as fronteiras entre ficção e realidade, sem jamais perder de vista a força literária que é a grande marca de sua obra.
Ficha Técnica
Título original: FLORES ARTIFICIAIS
Capa: Kiko Farkas / Máquina Estúdio
André Kavakama / Máquina Estúdio
Ana Lobo / Máquina Estúdio
Páginas: 152
Formato: 14.00 x 21.00 cm
Peso: 0.220 kg
Acabamento: Brochura
Lançamento: 29/05/2014
ISBN: 9788535924480
Selo: Companhia das Letras
Autor

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Sugestão de leitura para esta quarta-feira...

Flor-de-lis e o Leão - Os Reis Malditos - vol. 6
Maurice Druon


Inglaterra, janeiro de 1328. Com a morte de Carlos IV, o Belo, chega ao fim a dinastia dos Capetos. Em seu lugar, surge o ramo Valois. Em 'A Flor-de-Lis e o Leão', Robert d'Artois, o gigante implacável, dominará o cenário europeu, manipulará a nobreza para que a coroa seja concedida a Felipe de Valois e fará de tudo - falsificar, subornar, matar - para recuperar o condado d'Artois. Sem pátria ou títulos, perambulará pelas estradas de Flandres até ressurgir na Inglaterra, para assumir o comando de um exército e lançar a semente da Guerra dos Cem Anos. 'A Flor-de-Lis e o Leão' é o sexto e penúltimo volume de 'Os Reis Malditos', de Maurice Druon, modelo contemporâneo de romance histórico e uma das séries mais famosas de todos os tempos, que a Bertrand Brasil vem relançando com nova tradução.
A série 'Os Reis Malditos' ilumina a famosa afirmação dos irmãos Goncourt: 'A História é um romance que aconteceu.' Quando foi editada pela primeira vez, durante a década de 1950, provocou uma corrida às livrarias e, posteriormente, passou a ser identificada como um dos principais modelos contemporâneos para o que é chamado de 'romance histórico'. Com extremo respeito à História (reproduzindo fatos, costumes, trajes e paisagens com precisão), Maurice Druon transmite ao leitor uma forte sensação de aprendizado sobre o passado da sociedade européia. 'A Flor-de-Lis e o Leão' revela-se uma grande obra literária, respeitando os fatos ao mesmo tempo em que acrescenta à realidade necessárias pitadas de fantasia.
Fonte: Livraria Saraiva

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Lembrando o CONVITE para o


           C L U B E   D E    L E I T U R A

sobre o livro: O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO, do escritor J. D. SALINGER.

Dois dias antes das férias de Natal, um jovem de 16 anos, foge de um colégio interno e vaga por estradas de ferro até chegar a Nova York. O protagonista e anti-herói do romance, Holden Caulfield, se tornou um ícone da rebelião adolescente do pós-guerra à procura de uma identidade.

O livro foi incluído na lista dos 100 melhores romances da língua inglesa, escritos desde 1923, da Times em 2005, e foi nomeado pela Modern Library e seus leitores como um dos 100 melhores livros da língua inglesa do século 20.

J. D. Salinger morreu em 2010, com 91 anos de idade. Após o sucesso desta obra, o autor passou a viver recluso nas montanhas do Estado de New Hampshire (USA). No início dos anos 60 parou de publicar.

O Encontro acontecerá na última quarta-feira de Agosto, dia 30/08, às 16 horas e 30 minutos na Biblioteca Pública Municipal de Vacaria (ao lado da Catedral).

Venha Participar!

domingo, 27 de agosto de 2017

Jodi Picoult - Coração de Mãe

Coração de Mãe (Jodi Picoult)

FICHA TÉCNICA:
Nome Original: Harvesting the Heart
Autora: Jodi Picoult
Tradução: Cecília Camargo Bartalotti
País de Origem: Estados Unidos
Páginas: 476
Ano de lançamento: 2015
ISBN-13: 9788576863373
Editora: Verus Editora
SKOOB | GOODREADS

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 86º livro lido em 2016 e foi Coração de Mãe (Jodi Picoult). A autora do livro é uma das minhas favoritas da vida e, como já conheço bem a característica narrativa dela, comecei a leitura em um misto de empolgação e medo, porque pressentia que meu coração seria destruído.

O livro nos traz a Paige, uma mulher que aos 5 anos, foi abandonada pela mãe e cresceu ao lado do pai, que se esforçou muito para que nada lhe faltasse. Porém Paige sempre imaginou como seria ter crescido com a orientação materna e de certa forma, ela se sentia um pouco culpada com a fuga da mãe. Paige desde cedo, demostrou ter um talento para com desenhos e arte e, quando ela concluiu o ensino médio, era certo que iria para uma faculdade de artes. Porém, ela acabou fugindo e recomeçando a sua vida do zero, em outra cidade, onde conheceu Nicholas, com quem se casou meses depois e infelizmente, começou a repetir os erros da própria mãe.


O livro se desenvolve em conhecermos detalhadamente cada personagem da história. Temos uma visão muito abrangente da protagonista, conseguimos entrar na sua mente, sentir as suas dores e se desesperar com suas decepções. De igual modo, os outros personagens são muito bem desenvolvidos também, ao ponto de defender ou acusar cada um deles.

Existe um buraco na vida de Paige e ela quer fugir deste vazio, porque a vida começa a ter responsabilidades sérias, mas, ao mesmo tempo, ela não consegue viver com as questões não respondidas da sua infância e em um primeiro momento, isso me irritou bastante na personagem, porque de um modo geral, ela deveria se preocupar apenas com o presente e não com o passado.

Mais uma vez, a autora conseguiu me desestruturar com uma história simples, porém tão bem escrita e escrita de forma tão intensa, que foi impossível não me envolver com a trama. A maneira que a autora usou para descrever o talento de Paige, me deixou impressionada em várias passagens, porque ainda que o livro não tenha ilustrações, eu conseguia imaginar cada uma das gravuras que a personagem construía e essas imagens, ficaram em minha mente por muito tempo.


As últimas páginas do livro são tensas, tristes, sufocantes e quando o livro se encerrou, eu o abracei muito forte, porque em muitos aspectos, me identifiquei com a Paige e nem sempre, foi em função das suas qualidades. Nicholas foi um personagem que me conquistou e me fez sentir ódio e depois, me seduziu novamente. A mãe de Paige, em muitos aspectos, se tornou uma personagem dispensável e irritante e o pai de Paige, poderia ter aparecido mais, mas, ainda assim, estava muito presente, mesmo em cenas em que ele nem era mencionado.

Eu gostei demais do livro. Não se trata do melhor livro da autora, mas, ainda assim, é um dos melhores que eu li este ano, porque mesmo com uma história simples, a autora conseguiu me escravizar durante a leitura. Nos momentos em que eu não estava lendo, eu estava com os personagens gritando na minha mente e quando eu os reencontrava, ficava aliviada em tê-los perto de mim outra vez.

Recomendo a leitura para quem gosta de drama. O livro traz uma reflexão muito forte e pertinente sobre o papel de mãe e sobre todo o peso que esta posição traz consigo. O livro fala de família, perdão, erros e de forma tênue, quase imperceptível, também fala de fé, positiva e negativamente. É uma leitura reflexiva, que incomoda e por vezes, também machuca. Mas uma leitura adulta, séria, e muito interessante e inteligente.

Fonte: Blog Meu Amor pelos Livros