sábado, 26 de agosto de 2017

O amante japonês - Isabel Allende


Em 1939, ano da ocupação da Polônia pelos nazistas, Alma Mendel, de oito anos, é enviada pelos pais para viver em segurança com os tios em São Francisco. Lá, ela conhece Ichimei Fukuda, filho do jardineiro japonês da família. Despercebido por todos ao redor, um caso de amor começa a florescer. Depois do ataque a Pearl Harbor, no entanto, os dois são cruelmente separados. Décadas depois, presentes e cartas misteriosos são descobertos trazendo à tona uma paixão secreta que perdurou por quase setenta anos. Varrendo através do tempo e abrangendo diferentes gerações e continentes, O amante japonês explora questões de identidade, abandono, redenção, e o impacto incognoscível do destino em nossas vidas.

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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Romance "A Apelação de Sócrates", obra do professor Décio Osmar Bombassaro transita pela literatura, a filosofia e a história

Gosto pela leitura vem desde os cinco anos, e biblioteca do autor acumula obras que servem de bagagem a seus escritosFoto: Roni Rigon / Agencia RBS
Certo domingo, muitos anos atrás, um menino de cinco anos parou atrás do pai, que lia o jornal, e começou a soletrar o título da matéria estampada na página. Embora ainda não fosse à escola, o pequeno Décio Osmar Bombassaro havia aprendido a ler ouvindo, enquanto brincava, as aulas de reforço que a prima Lea Tomasi Possi ministrava em sua casa, em Caxias do Sul. 

Daquele domingo até agora, passaram-se mais de sete décadas, mas a paixão de Bombassaro pelas letras só cresceu. Com formação nas áreas de Letras, Filosofia e História, sua biblioteca mescla obras sobre a civilização grega e vários volumes de filosofia à ficção de Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, Cervantes, Shakespeare, Dante Alighieri, Júlio Verne, Guy de Maupassant e Proust, entre inúmeros outros autores.

— Sempre li muito, isso abre a imaginação — conta Bombassaro, 78 anos, que autografa neste sábado o seu primeiro romance, A Apelação de Sócrates — Réplica e Tréplica do Absurdo (AMZ, 160págs., R$ 35).

Assim como os livros nas estantes do apartamento e sua própria formação acadêmica, também o romance (ou novela, como ele prefere) mescla filosofia, história e literatura, áreas com as quais "o espírito se agiganta", na concepção do autor. A trama perpassa dois tempos, começando nos anos 1920, num sanatório na Áustria, em que um escritor moribundo e desconhecido (mas que viria a se tornar referência nas letras mundiais) recebe a visita, nos seus últimos momentos de vida, da "sombra" de um poeta alemão do Século 18, que o leva para a Grécia antiga para testemunhar nada menos do que um novo julgamento de Sócrates, que recorreu aos deuses mais de 2 mil anos depois de ter sido condenado por seus ensinamentos.

No decorrer do julgamento, o leitor vai tendo contato com uma mescla de mitologia e razão, enquanto, na Ágora, se digladiam grandes nomes do pensamento universal, alguns defendendo, outros acusando o grande filósofo. Deuses e heróis gregos, como Apolo, Dioniso, Hefesto e Perseu, conduzem o julgamento, que conta ainda com personagens mascarados que trazem à plateia (e ao leitor) um pouco dos ensinamentos e das ideias de Platão, Hegel, Maquiavel, Cícero, Kierkegaard e Nietzsche, entre outros.

Além dessa riqueza cultural escondida sob uma história de ficção, a linguagem é uma atração à parte, com diversas palavras e expressões em outras línguas — a maioria em alemão, mas algumas em francês, italiano, latim e, claro, grego. Não há, entretanto, motivo para se assustar: a compreensão é fácil pelo contexto, e, no fim do livro, há ainda um glossário desses termos.

Uma leitura instigante, e que traduz um pouco a bagagem cultural do escritor, que foi por 32 anos professor universitário.


No romance, filósofo ganha um novo julgamento, dessa vez pelos deuses, mais de 2 mil anos após ser condenadoFoto: Roni Rigon / Agencia RBS
Outros escritos

Apesar de A Apelação de Sócrates ser seu primeiro romance, Bombassaro não é um neófito na literatura. Além de leitor e professor, ele já é autor de dois livros teóricos, Da Habilidade Humana em Perscrutar o Ente e O Pórtico de Nietzsche, de diversos artigos e também de numerosos contos premiados em concursos e publicados em antologias.O próprio livro que ele autografa neste sábado é fruto de um trabalho que vem de 30 anos atrás. 

— Em 1987, quando eu fazia o mestrado na UFRGS, participei de um curso sobre Sócrates, e precisava fazer um trabalho sobre ele. Resolvi escrever uma peça de teatro. No final do ano passado, decidi transformar aquele texto numa novela _ conta.

Foram dois meses e meio de trabalho na sua velha máquina de escrever Triumph (que ele não troca por nenhum computador) até chegar ao texto final. Antes mesmo dos autógrafos, ele segue escrevendo seus artigos, e não descarta novos voos na ficção. 

Afinal, histórias para contar ele tem de sobra.
Fonte: Artigo de Maristela Scheuer Deves - maristela.deves@pioneiro.com
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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Um mais um - Jojo Moyes

Há dez anos, Jess Thomas ficou grávida e largou a escola para se casar com Marty. Dois anos atrás, Marty saiu de casa e nunca mais voltou.   

                                                 
Fazendo faxinas de manhã e trabalhando como garçonete em um pub à noite, Jess mal ganha o suficiente para sustentar a filha Tanzie e o enteado Nicky, que ela cria há oito anos. Jess está muito preocupada com o sensível Nicky, um adolescente gótico e mal-humorado que vive apanhando dos colegas. Já Tanzie, o pequeno gênio da matemática, tem outro problema: ela acabou de receber uma generosa bolsa de estudos em uma escola particular, mas Jess não tem condições de pagar a diferença. Sua única esperança é que a menina vença uma Olimpíada de Matemática que será disputada na Escócia. Mas como eles farão para chegar lá?



Enquanto isso, um dos clientes de faxina de Jess, o gênio da computação Ed Nicholls, decide se refugiar em sua casa de praia por causa de uma denúncia de práticas ilegais envolvendo sua empresa. Entre ele e Jess ocorre o que pode ser chamado de ódio à primeira vista. Mas quando Ed fica bêbado no pub em que Jess trabalha, ela faz questão de deixá-lo em casa, em segurança. Em parte agradecido, mas principalmente para escapar da pressão dos advogados, da ex-mulher e da irmã — que insiste em que ele vá visitar o pai doente —, Ed oferece uma carona a Jess, os filhos e o enorme cão da família até a cidade onde acontecerá o torneio.

Fonte: www.saraiva.com.br

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Carpinejar para iluminar a semana

O amor não é uma propriedade de quem sente, é uma transferência total para quem é amado

Você que está vendo este livro com dúvida se precisa dele, você não precisa dele, precisa de si, vive caçando uma palavra que confirme o que deseja, está atrás de um escritor que possa lhe recomendar de volta para quem brigou, com capacidade de explicar o que sente e traduzir seus tormentos. Mas já sabe o que deseja, não há como convencer do contrário, os amigos mostraram que seu relacionamento não tem futuro. Não acredita neles, acredita somente no milagre. E como justificar um milagre, ainda mais para quem não tem mais fé? 


Eu entendo o que está passando: sua raiva, sua amargura, seu cinismo, seu desencanto. Percebeu que a razão não conforta, que a vingança ou o perdão não ressuscita a tranquilidade, que o fundo do poço nunca se equivale ao nosso fundo. Você parece normal, mas todo mundo deixa de ser normal quando se apaixona e se separa. 


Se sua expectativa é por uma solução, eu guardo apenas uma certeza que trará alívio mais adiante: você não vai desistir. Quando diz que acabou a relação, é que está procurando um outro jeito de recomeçar. 


Em seu novo livro de crônicas, Carpinejar apresenta 42 textos que sobre amor, desilusão amorosa, casamento, divórcio, saudade e outros sentimentos que compõem os relacionamentos.

Fonte: www.saraiva.com.br

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Dica de leitura de hoje: Equador - Miguel Sousa Tavares

No começo do século XX, Luis Bernardo Valença, conhecido intelectual português, é convidado pelo rei D. Carlos a executar uma missão descabida e complicada, que implicará numa abrupta mudança de sua vida. Solteiro e perto dos quarenta anos, ele desfruta das regalias que uma cidade grande como Lisboa tem a oferecer. 

Aceitar o convite do rei significa abandonar tudo por uma vida nova, na qual, entretanto, poderia colocar em prática suas convicções políticas: contribuir para a efetiva abolição da escravatura na África, assumindo o papel de governador de São Tomé e Príncipe. Mais de um século depois de abolida a escravidão em Portugal, ainda sobram dúvidas se de fato os trabalhadores são empregados e bem tratados. É mesmo difícil esclarecer o limiar entre o trabalho escravo e o assalariado. Muitas vezes, sobretudo em pequenas colônias perdidas no meio da África, um homem que tem contrato assinado pode, mesmo assim, continuar a receber chicotadas de quem não sabe se deve chamar de “senhor” ou de “patrão”. Equador, primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, publicado em 2003, trata justamente dessa complexidade política e da dificuldade de definir na prática aquilo que parece claro nos conceitos e na teoria. Mais do que isso, este livro fala das paixões humanas e de como elas interferem nos jogos de poder. 

Luis Bernardo decide aceitar a missão proposta e é então jogado em uma realidade completamente alheia. Percebe que só a sua inteligência não será suficiente para dar conta do que o espera na ilha de São Tomé e Príncipe, onde chegam apenas dois barcos por mês e a população desconhece os direitos humanos já há muito tempo em voga na Europa. O leitor, acompanhando os passos de Luis Bernardo, vai conhecendo o território e os personagens da ilha através das descrições minuciosas do autor; junto do protagonista, percebe a ambiguidade da sua realidade. E não são apenas questões políticas que estão envolvidas nesse cenário: quando Luis é tomado por uma paixão proibida e incontornável, tudo se torna ainda mais confuso e envolvente.

Fonte: http://www.travessa.com.br