domingo, 27 de agosto de 2017

Jodi Picoult - Coração de Mãe

Coração de Mãe (Jodi Picoult)

FICHA TÉCNICA:
Nome Original: Harvesting the Heart
Autora: Jodi Picoult
Tradução: Cecília Camargo Bartalotti
País de Origem: Estados Unidos
Páginas: 476
Ano de lançamento: 2015
ISBN-13: 9788576863373
Editora: Verus Editora
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Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 86º livro lido em 2016 e foi Coração de Mãe (Jodi Picoult). A autora do livro é uma das minhas favoritas da vida e, como já conheço bem a característica narrativa dela, comecei a leitura em um misto de empolgação e medo, porque pressentia que meu coração seria destruído.

O livro nos traz a Paige, uma mulher que aos 5 anos, foi abandonada pela mãe e cresceu ao lado do pai, que se esforçou muito para que nada lhe faltasse. Porém Paige sempre imaginou como seria ter crescido com a orientação materna e de certa forma, ela se sentia um pouco culpada com a fuga da mãe. Paige desde cedo, demostrou ter um talento para com desenhos e arte e, quando ela concluiu o ensino médio, era certo que iria para uma faculdade de artes. Porém, ela acabou fugindo e recomeçando a sua vida do zero, em outra cidade, onde conheceu Nicholas, com quem se casou meses depois e infelizmente, começou a repetir os erros da própria mãe.


O livro se desenvolve em conhecermos detalhadamente cada personagem da história. Temos uma visão muito abrangente da protagonista, conseguimos entrar na sua mente, sentir as suas dores e se desesperar com suas decepções. De igual modo, os outros personagens são muito bem desenvolvidos também, ao ponto de defender ou acusar cada um deles.

Existe um buraco na vida de Paige e ela quer fugir deste vazio, porque a vida começa a ter responsabilidades sérias, mas, ao mesmo tempo, ela não consegue viver com as questões não respondidas da sua infância e em um primeiro momento, isso me irritou bastante na personagem, porque de um modo geral, ela deveria se preocupar apenas com o presente e não com o passado.

Mais uma vez, a autora conseguiu me desestruturar com uma história simples, porém tão bem escrita e escrita de forma tão intensa, que foi impossível não me envolver com a trama. A maneira que a autora usou para descrever o talento de Paige, me deixou impressionada em várias passagens, porque ainda que o livro não tenha ilustrações, eu conseguia imaginar cada uma das gravuras que a personagem construía e essas imagens, ficaram em minha mente por muito tempo.


As últimas páginas do livro são tensas, tristes, sufocantes e quando o livro se encerrou, eu o abracei muito forte, porque em muitos aspectos, me identifiquei com a Paige e nem sempre, foi em função das suas qualidades. Nicholas foi um personagem que me conquistou e me fez sentir ódio e depois, me seduziu novamente. A mãe de Paige, em muitos aspectos, se tornou uma personagem dispensável e irritante e o pai de Paige, poderia ter aparecido mais, mas, ainda assim, estava muito presente, mesmo em cenas em que ele nem era mencionado.

Eu gostei demais do livro. Não se trata do melhor livro da autora, mas, ainda assim, é um dos melhores que eu li este ano, porque mesmo com uma história simples, a autora conseguiu me escravizar durante a leitura. Nos momentos em que eu não estava lendo, eu estava com os personagens gritando na minha mente e quando eu os reencontrava, ficava aliviada em tê-los perto de mim outra vez.

Recomendo a leitura para quem gosta de drama. O livro traz uma reflexão muito forte e pertinente sobre o papel de mãe e sobre todo o peso que esta posição traz consigo. O livro fala de família, perdão, erros e de forma tênue, quase imperceptível, também fala de fé, positiva e negativamente. É uma leitura reflexiva, que incomoda e por vezes, também machuca. Mas uma leitura adulta, séria, e muito interessante e inteligente.

Fonte: Blog Meu Amor pelos Livros

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