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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Vacariana Taiane Santi Martins vencedora do Prêmio Sesc 2022 de Literatura

Prêmio Sesc de Literatura anuncia os vencedores da edição de 2022:
Corpos benzidos em metal pesado, do paraense Pedro Augusto Baía, venceu na categoria Conto e Mikaia, da gaúcha Taiane Santi Martins, em Romance

O Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes do país na distinção de escritores inéditos, anunciou na sexta-feira (20), os vencedores da edição 2022, nas categorias Romance e Conto. O paraense Pedro Augusto Baía, com Corpos benzidos em metal pesado, foi selecionado na categoria conto, e a gaúcha Taiane Santi Martins, com o romance Mikaia. A origem dos autores reafirma o estímulo à diversidade por parte do Prêmio e sua capacidade de projetar escritores das mais distintas regiões do país. Os livros dos dois vencedores serão lançados em novembro pela editora Record, parceira do Prêmio Sesc desde a sua criação.

Corpos benzidos em metal pesado foi concebido ao longo dos últimos quatro anos, em um processo de reescrita e constante reflexão do autor. Assim, o livro de contos reflete os seus sentimentos e percepções diante da devastação ambiental, política, de direitos e de afetos. Nestes contos, Pedro tentar descrever um mosaico de geografias, povos, sentimentos e experiências que denunciam as violências, invasões e destruições no Norte do Brasil e aos corpos que lá residem. E que, neste processo de devastação, resiste uma voz, um grito, uma reza ancestral da natureza, um pedido de socorro transmutado neste livro. A comissão final que selecionou a obra foi composta pelos escritores Natalia Borges Polesso e Paulo Scott.

O romance Mikaia narra a história de três gerações de mulheres que viveram e fugiram da guerra civil moçambicana. O livro joga com as diferentes maneiras de se lidar com um passado traumático. Enquanto Mikaia - uma dançarina de ballet que sofre uma amnésia repentina - quer lembrar, sua irmã, Simi, quer esquecer e sua avó, Shaira, decide silenciar. O desenrolar da trama se dá no embate entre as tentativas de Mikaia em recuperar um passado que lhe foi roubado, os retalhos de memória que lhe voltam confusos e a resistência de Simi em renunciar a uma infância inventada e cultivada por vinte anos às custas do esquecimento. O romance foi selecionado pela comissão final composta pelos escritores Itamar Vieira Junior e Luciany Aparecida.

Neste ano, o Prêmio Sesc de Literatura recebeu a inscrição de 1.632 livros, sendo 844 em Conto e 788 em Romance. As regiões Sul-Sudeste registraram o maior número de inscritos, liderados pelo estado de São Paulo. “Pela primeira vez, em 19 anos, a categoria Conto recebeu mais obras que Romance. E o balanço de todas as edições do Prêmio nos traz uma grande curiosidade: alcançamos a marca de quatro vencedores dos estados do Pará e Rio Grande do Sul, cada um, mostrando a força da nova literatura destas regiões”, destaca Henrique Rodrigues, analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc.

Sobre os autores:

O paraense Pedro Augusto Baía, 35 anos, é analista judiciário (psicólogo) no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com Doutorado em Psicologia Forense na Universidade de Coimbra. Nascido no município de Abaetetuba (PA), tem fascínio pela leitura e escrita desde a infância. “Comecei lendo livros escritos e publicados por autores independentes de minha cidade, em que o imaginário, a fauna, a flora e povos amazônicos são exaltados. A arte da escrita permaneceu comigo ao longo dos anos, amadurecendo. No ano de 2017, tive um conto premiado em um concurso regional promovido pelo TJ Pará, ocasião na qual finalmente passei a escrever com mais frequência”, relembra. Para ele, ganhar o Prêmio Sesc de Literatura, enquanto escritor estreante e residente em um município no Norte do Brasil, é um reconhecimento máximo. “Acredito que irá potencializar o meu percurso literário e, sem dúvida alguma, de outros autores iniciantes”.

A gaúcha Taiane Santi Martins, 34 anos, da cidade de Vacaria (RS), é editora da revista Travessa em Três Tempos desde 2010. “Minha relação com a escrita vem de muito nova, mas precisei de tempo para assumir a literatura como uma escolha profissional. O primeiro passo foi criar uma revista literária, em 2010, ainda no contexto das minhas graduações e, na época, sem grandes pretensões literárias. Desde então a Travessa em Três Tempos vem se desenvolvendo junto comigo e hoje estamos fechando sua edição de número 24”, comemora. Para ela, ganhar o Prêmio é um reconhecimento pelo aprendizado e lugares por onde passou e viveu. “É a primeira vez que participo e me sinto honrada com o resultado, não apenas como uma conquista pessoal, mas por sentir que não chego até aqui sozinha. Trago comigo toda a vivência de uma formação em escrita; da Oficina de Criação do escritor Luiz Antonio de Assis Brasil; o acolhimento da UniLúrio, na Ilha de Moçambique, onde morei por um tempo durante a escrita do romance”.

Sobre o Prêmio:

Ao oferecer oportunidades aos novos escritores, o Prêmio Sesc de Literatura impulsiona a renovação no panorama literário brasileiro e enriquece a cultura nacional. Em sua 19ª edição, se tornou uma das mais importantes premiações do país, sendo hoje considerado referência por críticos literários, escritores brasileiros e visto como grande porta de entrada para o mercado editorial no Brasil.

Os vencedores têm suas obras publicadas e distribuídas pela editora Record, o que contribui para a credibilidade e a visibilidade do projeto, pois insere os livros na cadeia produtiva do mercado livreiro. O lançamento dos novos títulos será no final do ano, com tiragem inicial de, no mínimo, 2,5 mil exemplares. Desde a sua criação em 2003, mais de 20 mil obras foram inscritas e 33 novos autores foram revelados.

O processo de curadoria e seleção das obras é criterioso e democrático. Os livros são inscritos pela internet, gratuitamente, protegidos por anonimato. Isso impede que os avaliadores reconheçam os reais autores, evitando qualquer favorecimento. Os romances e contos são avaliados por escritores profissionais renomados, que selecionam as obras vencedoras pelo critério da qualidade literária.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Delírio do poder - Marcia Tiburi

Como sobreviver à paranoia delirante que assola o país. 
Em Delírio do poder, Marcia Tiburi analisa como a intensificação da lógica neoliberal afeta as instâncias políticas – subjetivas e institucionais – que deveriam assegurar uma vida digna a todas e todos, sem que importem a cor da pele e a classe social. A partir de fatos públicos e vivências pessoais, a filósofa reflete sobre questões políticas, em variados matizes – incluindo sua experiência como candidata ao governo do estado do Rio de Janeiro em 2018. A apresentação do livro foi escrita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quase um ano depois de sua prisão, resultado de um processo jurídico seletivo, marcado por ilegalidades cometidas por quem deveria julgá-lo de modo imparcial.

Marcia Angelita Tiburi é uma filósofa, escritora e professora brasileira. Atuante também na política, já foi candidata ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores. Nascida em 1970 em Vacaria, Rio Grande do Sul, Márcia tornou-se uma figura conhecida no Brasil, pois desde os anos 2000 suas contribuições ganharam destaque, quando a mídia passou a dar maior importância a debates filosóficos em programas de televisão, por exemplo.


Fonte: E Biografia

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Clube da Leitura - mês de agosto de 2018

O Clube da Leitura da Biblioteca Pública Municipal Theobaldo Paim Borges escolheu, para a leitura deste mês,  o livro SEGREDOS, do escritor vacariano Bolivar Soares .

O encontro será no dia 25 de agosto, sábado, às 10h, na Biblioteca Theobaldo paim Borges, Rua Borges de Medeiros, 1399 - Centro, em Vacaria/RS, com a presença do autor.

Sinopse do Livro: Segredos
"Quando, após o que eu chamaria de arranca-rabo, do qual participa boa parte dos personagens do livro, a matriarca da família Souza e Lima anuncia:
- Acho que nossos problemas estão se acabando.

O leitor certamente dirá: “e que problemas!”. Pois problemas em literatura, vocês sabem, são provocados pela existência de boas tramas. E Segredos, este alentado romance de estreia de Bolivar Soares, é o mais pródigo em boas tramas dos muitos que li nos últimos tempos – tantas que eu, cultor do subgênero televisivo que sou, diria a vocês sem pestanejar: sim, esse livro daria uma ótima novela.

Mas não é telenovela o que Bolivar Soares faz em Segredos, é literatura, e a diferença entre uma coisa e outra não é apenas relativa. Este, sem dúvida, é um romance; e o que posso dizer a respeito dele, é que se trata de um romance como há muito tempo não se lia. Na contracorrente da literatura atual, que se esmera em mais sugerir do que dizer (e menos ainda afirmar), em que tudo pode ser, mas nem sempre é, e por isso nunca rende mais do que 150 páginas em corpo graúdo, Bolívar faz uma verdadeira reversão de expectativa no gênero e produz uma obra que eu chamaria de versão pós-moderna de “Crônica da Casa Assassinada” (lembram? Lúcio Cardoso, um grande, imenso, escritor, ora caído no mais injusto esquecimento).

Sinopse e foto: Livraria da Travessa

Sobre o autor: Bolivar Soares

Natural de Vacaria/RS, possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998), graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000), graduação em Letras pela Fundação Universidade do Tocantins (2011), especialização em Homeopatia pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (2003),especialização em Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2015) e mestrado em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004). É Atualmente professor Horista de Graduações em Saúde do Centro Universitário UNIFACVEST-SC. Atua nas áreas da Saúde, Educação e Cultura.

Fonte: Currículo Lattes