sábado, 12 de agosto de 2017
Dica para este sábado: Morangos mofados, de Caio de Abreu
'Os contos de 'Morangos Mofados' mostram a fé fundamental que iluminou o projeto libertário da contracultura. A fé que orientou o sonho cujo primeiro grande impulso vem dos 'rebeldes sem causa' de Elvis e Dean; que se define em seguida com a 'grande recusa' da sociedade tecnocrática pelo flower power ao som dos Beatles e dos Rolling Stones; e que ganha, de forma inesperada, uma nova e mágica força no momento em que Lennon declara dramaticamente: o sonho acabou.
Os 'Morangos Mofados' têm uma irresistível atualidade. Modificando caminhos percorridos, põem em cena uma possível pontuação para essa história, ou, como esclarece o conto 'Os companheiros': 'Uma história nunca fica suspensa, ela se consuma no que se interrompe, ela é cheia de pontos finais.' Heloisa Buarque de Holanda.
Fonte: www.saraiva.com
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
Além do ponto e outros contos
Leitura Obrigatória para quem vai prestar os vestibulares UFSC UDESC e ACAFE
A solidão, o desespero, a desilusão, o afeto inesperado... Caio Fernando Abreu trabalha, em seus contos, os impasses vividos por uma geração que sofreu muito, mas que também amou muito. Criador de uma literatura corajosa, o autor enfrentou os estigmas de seu tempo e fez uso de uma linguagem que mistura prosa e poesia, rompendo com os padrões. Construções ideológicas inovadoras combinam-se a inovações estéticas e dão o toque essencial da literatura desse grande escritor.
Dentre os diversos aspectos que se destacam nas 10 histórias desta antologia, temos a problemática do isolamento do indivíduo em face de uma realidade estranha e alheia aos seus sentimentos. Seus personagens operam tentativas de criar uma nova realidade, que dê vazão ao seu mundo interior - tentativas efêmeras, frustradas, em vão. Às vezes, nas relações afetivas se estabelecem o isolamento e a incomunicabilidade: a palavra não dita na partida; o par que sofre rejeição de colegas por serem homossexuais; o casal que já não tem mais o que dizer; o rapaz adoentado que tenta se abrir com a mãe sobre sua sexualidade e suas angústias e não consegue; a relação trágica de uma solitária menina com seu gato de estimação; os desencontros em uma grande cidade. Por vezes, a solidão traz lembranças ternas e tristes; noutras, faz com que se perceba a sensaboria de uma comemoração - ou vai ainda mais longe, e leva à percepção da própria miséria física e moral.
Fonte: http://www.bancacatedral.com.br
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
Noite de matar um homem
Ler um conto de Sergio Faraco equivale a uma viagem intimista – e muitas vezes perturbadora – ao âmago mais profundo do que costumamos chamar de homem. Isso é sobretudo verdade nos contos desta antologia. O estilo é depurado, nu, impiedoso. Os personagens, almas insólitas, a um só tempo desconfortáveis e maravilhadas pelo encantamento do existir. As viagens, melancólicas como o horizonte pampeano, e o sexo, uma experiência definidora de marcante carnalidade. A paisagem fronteiriça do sul do Rio Grande do Sul coloca os protagonistas frente a frente com o vasto e perigoso mundo e, graças à habilidade narrativa do autor, serve de trampolim para se atingir o universal.
Em Noite de matar um homem, estão reunidos 16 dos melhores contos do autor. Publicado primeiramente em 1986, com 12 contos, entre eles os célebres 'Travessia', 'Hombre' e 'Noite de matar um homem', o volume é agora acrescido de quatro novas narrativas, 'A sagração da noite escura', 'Aventura na sombra', 'Velhos' e o sensacional 'O céu não é tão longe', nos quais os sentimentos de desamparo e de solidão são conduzidos ao extremo.
Com ecos de Tolstói, Guimarães Rosa e Borges, aqui estão para o leitor alguns dos melhores textos de um dos mais renomados contistas brasileiros – textos para serem sorvidos e relidos, palavra por palavra.
Fonte: http://www.lpm.com.br/
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
As fantasias eletivas de Carlos Henrique Schoroeder
Na turística Balneário Camboriú, Renê, um recepcionista noturno de hotel, tenta reconstruir sua vida e encontra na amizade de Copi, um travesti obcecado por fotografias, uma alternativa para sua vida destruída. Renê lerá o que Copi escreve e será o único que terá acesso a suas fotos de surpreendente beleza. É quando um livro se abre dentro do livro, e tudo se torna um grande ensaio da alma humana.
As fantasias eletivas une prosa, poesia e fotografia para refletir sobre a solidão e a criação literária, e mostra como a literatura, a de verdade, é sobretudo feita de sangue.
Fonte: www.saraiva.com.br
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