quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Noite de matar um homem


Ler um conto de Sergio Faraco equivale a uma viagem intimista – e muitas vezes perturbadora – ao âmago mais profundo do que costumamos chamar de homem. Isso é sobretudo verdade nos contos desta antologia. O estilo é depurado, nu, impiedoso. Os personagens, almas insólitas, a um só tempo desconfortáveis e maravilhadas pelo encantamento do existir. As viagens, melancólicas como o horizonte pampeano, e o sexo, uma experiência definidora de marcante carnalidade. A paisagem fronteiriça do sul do Rio Grande do Sul coloca os protagonistas frente a frente com o vasto e perigoso mundo e, graças à habilidade narrativa do autor, serve de trampolim para se atingir o universal.

Em Noite de matar um homem, estão reunidos 16 dos melhores contos do autor. Publicado primeiramente em 1986, com 12 contos, entre eles os célebres 'Travessia', 'Hombre' e 'Noite de matar um homem', o volume é agora acrescido de quatro novas narrativas, 'A sagração da noite escura', 'Aventura na sombra', 'Velhos' e o sensacional 'O céu não é tão longe', nos quais os sentimentos de desamparo e de solidão são conduzidos ao extremo.

Com ecos de Tolstói, Guimarães Rosa e Borges, aqui estão para o leitor alguns dos melhores textos de um dos mais renomados contistas brasileiros – textos para serem sorvidos e relidos, palavra por palavra.


Fonte: http://www.lpm.com.br/

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

As fantasias eletivas de Carlos Henrique Schoroeder


Na turística Balneário Camboriú, Renê, um recepcionista noturno de hotel, tenta reconstruir sua vida e encontra na amizade de Copi, um travesti obcecado por fotografias, uma alternativa para sua vida destruída. Renê lerá o que Copi escreve e será o único que terá acesso a suas fotos de surpreendente beleza. É quando um livro se abre dentro do livro, e tudo se torna um grande ensaio da alma humana. 
As fantasias eletivas une prosa, poesia e fotografia para refletir sobre a solidão e a criação literária, e mostra como a literatura, a de verdade, é sobretudo feita de sangue.

Fonte:  www.saraiva.com.br

CLUBE DA LEITURA: O apanhador no campo de centeio

C L U B E   D E    L E I T U R A
Para este AGOSTO, um convite imperdível, a 
leitura do livro O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO, do escritor J. D. SALINGER.
Dois dias antes das férias de Natal, um jovem de 16 anos, foge de um colégio interno e vaga por estradas de ferro até chegar a Nova York. O protagonista e anti-herói do romance, Holden Caulfield, se tornou um ícone da rebelião adolescente do pós-guerra à procura de uma identidade.
 O livro foi incluído na lista dos 100 melhores romances da língua inglesa, escritos desde 1923, da Times em 2005, e foi nomeado pela Modern Library e seus leitores como um dos 100 melhores livros da língua inglesa do século 20.
J. D. Salinger morreu em 2010, com 91 anos de idade. Após o sucesso desta obra, o autor passou a viver recluso nas montanhas do Estado de New Hampshire (USA). No início dos anos 60 parou de publicar.
O Encontro do Clube de Leitura será na última quarta-feira de Agosto, dia 30/08, às 16h30min na Biblioteca Pública Municipal de Vacaria (ao lado da Catedral).

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Dica de leitura desta terça-feira: Quarenta dias



Quarenta dias no deserto, quarenta anos. É o que diz (ou escreve) Alice, a narradora de 'Quarenta dias', romance de Maria Valéria Rezende, ao anotar num caderno escolar pautado, com a imagem da boneca Barbie na capa, seu mergulho gradual em dias de desespero, perdida numa periferia empobrecida que ela não conhece, à procura de um rapaz que ela não sabe ao certo se existe. Alice é uma professora aposentada, que mantinha uma vida pacata em João Pessoa até ser obrigada pela filha a deixar tudo para trás e se mudar para Porto Alegre. Mas uma reviravolta familiar a deixa abandonada à própria sorte, numa cidade que lhe é estranha, e impossibilitada de voltar ao antigo lar. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma conhecida da Paraíba, desapareceu em algum lugar dali, ela se lança numa busca frenética, que a levará às raias da insanidade. 'Eu não contava mais horas nem dias', escreve Alice em 'Quarenta dias', um relato emocionante e profundo. 'Guiavam-me o amanhecer e o entardecer, a chuva, o frio, o sol, a fome que se resolvia com qualquer coisa, não mais de dez reais por dia (...)'. Onde andaria o filho de Socorro? A que bando estranho se havia juntado, em que praça ficara esquecido?

Fonte: www.livrariacultura.com.br