quarta-feira, 25 de maio de 2022

A tensão superficial do tempo - Cristóvão Tezza


 Cristovão Tezza nasceu em Lages, Santa Catarina, em 1952. Um dos mais celebrados autores brasileiros contemporâneos, traduzido para mais de quinze países, é autor de vários romances, entre eles O filho eterno, que recebeu os prêmios Jabuti e Portugal Telecom. Dele, a Todavia publicou A  tirania do amor (2018), finalista dos prêmios São Paulo, Jabuti e Oceanos.

No livro A tensão superficial do tempo, Cândido é especialista em piratear filmes. No entanto, sua atividade oficial é dar aulas de química em um cursinho, onde tem participação societária. Curitiba ainda vive sob os efeitos das operações policiais que colocaram a cidade no centro da crise política que assola o país, efeitos que Cândido sente no seu dia a dia. Sentado em um banco de parque, Cândido vê as pontas se encontrarem: o fim amargo do casamento, as pretensões profissionais esmagadas, o novo afeto negado, a vida que se dissolve num caldo de guerra política e social. Neste novo romance, Tezza usa o momento recente do país para investigar os pontos de contato entre público e privado, política e intimidade, desejo e solidão.

Fonte: Todavia Livros

terça-feira, 24 de maio de 2022

Encontro do Clube de Leitura na próxima terça-feira

Associação Amigos da Biblioteca Pública Municipal convida para o encontro mensal do Clube de Leitura Semente Literária, que acontecerá na próxima terça-feira, dia 31 de maio de 2022, às 18h, na Biblioteca Pública Municipal Teobaldo Tadeu Paim Borges, na Casa do Povo, em Vacaria. 

A obra escolhida é "Torto Arado", de  Itamar Vieira Junior, um texto épico e lírico, realista e mágico que revela, para além de sua trama, um poderoso elemento de insubordinação social. Vencedor do prêmio Leya 2018.

Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas ― a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção.

A atividade é gratuita e os interessados podem participar mesmo sem ter lido o livro.



 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Conheça um pouco mais o autor Raymond Chandler


 












Raymond Chandler nasceu em Chicago, em 23 de julho de 1888. Mudou-se para a Inglaterra com a família quando tinha 12 anos e, em 1912, retornou aos Estados Unidos. Após servir no Exército canadense durante a Primeira Guerra Mundial, estabeleceu-se na Califórnia e teve uma série de empregos, de contador a jornalista. Foi na época da Grande Depressão que ele passou a se dedicar seriamente à escrita, e seu primeiro conto, Chantagistas não atiram, que levou cinco meses para ser finalizado, foi publicado na revista Black Mask em 1933. Seis anos depois, publicou seu primeiro romance, O sono eterno, que introduziu ao mundo o detetive Philip Marlowe, que apareceria posteriormente em outros seis romances: Adeus, minha querida (1940), A janela alta (1942), A dama do lago (1943), A irmãzinha (1949), O longo adeus (1953) e Playback (1958), adaptado de um roteiro original. Chandler foi também autor de contos, adaptações cinematográficas e ensaios. Morreu em 1959.

Na Biblioteca Pública Municipal Teobaldo Tadeu Paim Borges estão disponíveis:

A longa noite: Terry Lennox poderia ter a vida ganha. Ex-veterano de guerra, casou-se com a milionária Sylvia Potter e não precisaria mais se preocupar com nada desde que fechasse os olhos para a devassidão escancarada da mulher. Ele, no entanto, se afunda na bebida. É assim que Philip Marlowe o encontra - caído, inconsciente -, e a partir daí ambos criam um estranho laço de amizade. Quando Lennox lhe pede para fugir do país em circunstâncias misteriosas, Marlowe aceita ajudá-lo, mas aos poucos se vê enredado a uma elite poderosa e desajustada de escritores alcoólatras e mulheres fatais, que fará de tudo para encobrir os próprios crimes

O longo adeus: Durante um de seus casos de rotina, o detetive Philip Marlowe se envolve acidentalmente com "Moose" Malloy, o Alce, um brutamontes cruel que acabou de sair da prisão. Malloy está disposto a tudo, até a matar, para encontrar Velma, uma cantora de cabaré com quem manteve uma relação oito anos antes. Em paralelo, o investigador se vê no meio de um caso de chantagem e assassinato, ligado ao de um colar de jade. Entre videntes charlatões, milionárias insaciáveis e gângsteres implacáveis, as duas investigações aos poucos se ligam em uma só trama de violência e corrupção, bem ao contrário das histórias policiais clássicas, em que o mordomo é quase sempre o culpado. "Não é esse tipo de história", nos diz Marlowe. "Não é elegante e não é engenhosa. É sombria, e cheia de sangue."

A dama do lago: O detetive Philip Marlowe é contratado por um executivo do ramo dos perfumes para investigar o desaparecimento de sua impulsiva mulher, Crystal Kingsley. As pistas o levam a Bay City; em seguida, à cidade de veraneio de Puma Point. E logo o colocam no rastro de outra misteriosa mulher, Muriel Chess, também desaparecida, cuja fuga de casa pode estar ligada não só ao sumiço de Crystal, como a um caso muito mais intrincado, envolvendo médicos inescrupulosos e policiais corruptos. Escrito durante a Segunda Guerra Mundial, A dama do lago é um livro marcante de Raymond Chandler, com sua ironia e seus personagens não só memoráveis, mas de uma complexidade pouco vista na literatura policial.

A irmã mais nova: Seu nome é Orfamay Quest, e ela veio de uma pequena cidade no interior do Kansas até Los Angeles, em busca de Orrin, seu irmão desaparecido. Ou pelo menos é o que ela diz ao detetive Philip Marlowe, quando aparece em seu escritório em busca de ajuda. A procura por Orrin levará o investigador a uma rede de chantagem em pleno mundo hollywoodiano ― com estrelas de segunda categoria, chantagistas e empresários que mais se assemelham a gângsteres. E um assassino à solta, que executa suas vítimas com um picador de gelo. A irmã mais nova é uma brilhante incursão de Raymond Chandler na indústria cinematográfica dos anos 1940, e uma análise implacável desse universo cheio de ruína e desilusão.

Fonte: Companhia das Letras